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Resenha: Cidades de papel

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Que medo daquele vlog de ontem! E de como vocês me imaginavam heoiehoie mas fico feliz que tenham gostado! Vou tentar melhorar nos próximos vídeos! :)
Classifico um livro como ‘bom’, ‘ruim’ e ‘intermediário’, basicamente. O livro bom é o que me faz querer ler de novo. O ruim é o que me faz praticamente arrepender de ter lido. O intermediário é o que eu meio que gosto, mas me dá preguiça de reler. Daí eu começo a resenha mais puxa-saco do mundo porque:
1) É John Green
2) Já estou marcando a data para ler de novo
3) É um livro que pude grifar. Grifar livros significa tirar trechos dele que sirvam para qualquer ‘leigo’ absorver como uma frase legal.

 

É que gosto de livros que não ‘se prendam na história’! Sério, amo grifar livros. Esse foi o livro ‘amo’, e parece que foi isso que ele trouxe. Ou você ama, ou você odeia. Não vi nenhum meio termo.
Confesso que ‘comprei’ o livro só pelo autor (o único livro que não estou a fim de ler dele é Will&Will). Não tinha ideia da história e só descobri quando li o verso dele. Mas a sinopse de Cidades de Papel é a seguinte:

Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.

 

Algumas pessoas tinham comentado que o livro era meio decepcionante. Não sei se isso me ajudou a adorá-lo, mas, é, eu adorei! Q (o apelido de Quentin – e felizmente tem um apelido, porque eu não ia aguentar ler esse nome tosco o tempo inteiro) e Margo se conhecem desde crianças e com 9 anos, encontram um morto num parque. Isso meio que o deixa traumatizado, mas Margo se mostra ‘um pouquinho’ diferente e vai atrás de pistas sobre o tal cara. E traz todas as suas descobertas para Quentin.
Os anos passam e eles se distanciam. Quentin é o nerd e Margo é uma popular. Q é obcecado por ela, mas Margo tem outros planos. Ou aparenta ter. Ela tem o costume de fugir de casa, e voltar cerca de dois dias depois, mas depois de passar uma noite com Q fazendo loucuras pela cidade (e ele só topa porque é ela, lógico), ela foge. Um mês antes da formatura do ensino médio. Seus pais não se preocupam (ela já tem 18 anos), e apenas trocam as fechaduras de casa.
Q tem alguns amigos, e dois são os realmente presentes na história. E são esses dois (Ben e Radar, engraçados e peculiares) que serão arrastados por Quentin, determinado a seguir as pistas de Margo e encontrar seu paradeiro.

O livro é dividido em três partes: Os fios, A relva e O navio. O final de A relva foi super excitante para mim. Minha parte favorita, junto com o final, claro.

E por que gostei tanto? Bom, tem romance, mas não é meloso. É engraçado sem forçar a barra. Margo é hipnotizante. A loucura dela pode realmente te contagiar! E essa parece ser a ‘fuga’ de sua realidade. Ela parece muito perdida e confusa. A história trata da paixão platônica como uma idealização. Significa por a pessoa em um pedestal, quando ela, nada mais é do que uma pessoa. Quentin idealiza Margo, e quanto mais ele se aproxima de seu paradeiro, mais ele descobre coisas sobre ela que não combinavam com a Margo de sua cabeça. E isso é algo muito comum na vida real também. Eu fiz minhas relações, e acredito que você possa fazer a sua também. Consegui me idenficar com ambos. Q chega a ser egoísta pra caramba, não querendo falar de nada além de Margo, e encontrar Margo, e as pistas de Margo. Ela me parece até agora uma pessoa que tem alguma coisa que a perturba muito, mas não dá pra saber se é 100% verdade ou 100% drama. Vontade de ser um mistério ou isso foi meio que uma consequência. O livro é muito profundo e repleto (das minhas amadas) metáforas. Dá para aplicar tantas em tantas coisas. Dos 4 livros do John Green que já li (O Teorema Katherine sai daqui a alguns dias), esse é o mais filosófico de todos.

Não vou dizer mais nada porque acho que isso já foi o suficiente para querer ler sem estragar nenhuma surpresa. Mas sobre o título… Bom, ele é o sentido do livro. Vai descobrir no final.

E, para mim, a nota merecida nada mais é do que um 5/5!

Entendo que muita gente quer ver os dois. Quer dizer, o foco do livro é a busca de Quentin pela Margo e como ele começa a ver o quanto ele a idealizava.
Quem já leu? Quem pretende ler? O que acharam?


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