Estava devendo essa resenha faz um tempinho, né? Mas antes de mais nada: Sabia que vocês iriam amar a Sabrina tanto quanto eu. O post de estreia dela aqui foi um sucesso e um dos meus favoritos aqui do blog. Quem não leu ainda, confira aqui!
Pra começar, tenho que dizer que o livro não tem NADA a ver com o filme. Quer dizer, um detalhe ou outro. Fora que o Pat ainda é o Pat, a Tiffany ainda é a Tifanny. Todo o resto… Os pais do Pat, amigos, Veronica, todos são diferentes, de certa forma. O pai é grosso e agressivo, a mãe é sensível e bem mais amorosa (e bonita), Tiffany aparece mais e de formas diferentes. O foco não é a dança. Seu irmão é muito mais simpático, assim como ele. Pelo menos na cabeça do Pat, já que o livro é narrado na primeira pessoa.
O livro é bem intenso, narrado em primeira pessoa. Significa que é meio confuso e repetitivo, por ser o diário de Pat. Então tudo o que passa na cabeça perturbada dele está ali. Ele tenta mais ser um cara melhor, e no decorrer dos capítulos (não numerados, e o título sempre é um trecho do capítulo que se segue), você percebe a evolução mental dele. Mesmo que fique batendo nessa mesma tecla. Nikki, Nikki, Nikki, reencontro, tempos separados. É irritante que, para nós, é perfeitamente claro o que esteja acontecendo, mas para Pat, é tudo parte de um filme cujo o final feliz seja Nikki.
É um livro sensacional para acompanhar alguém mentalmente instável, e muitas vezes tenho vontade de entrar nas entrelinhas e lhe dar um soco ou um abraço. A única coisa que me irrita é o futebol americano e o precioso Eagles, sempre presente, mesmo que saiba que seja necessário ter o esporte para o desenrolar. É viciante e li em menos de um dia (258 páginas).
O livro tem pelo menos meia dúzia de lições para levar com a vida: ser otimista, valorizar as pessoas ao seu redor, entender a história das pessoas antes de apontar o dedo, fazer sacrifícios, manter os pés no chão, corresponder uma amizade…
E sobre a adaptação do filme: Como já disse, não é nada fiel, mas acho legal. Os personagens se comportam de forma diferente e muitas vezes é difícil entender o comportamento do Pat — coisa que só compreendemos ‘lendo’ sua cabeça no livro, mesmo. E a dança como o foco me irritou fortemente. É uma ‘história paralela’.

Acho a Tiffany encantadora de verdade, e senti um pouco de falta dela no livro. Fora que queria ler um prólogo, ou pelo menos um capítulo a mais. Achei o final vago e queria de verdade ver algo a mais. Por isso (e pelo futebol em excesso), minha nota final para o livro é:
Vale muito a pena ler – principalmente se gosta do assunto ou curtiu o filme! Alguém já leu? O que acharam? Gostam do filme?