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Resenha: O teorema Katherine

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Desculpem a demora por essa resenha! Li esse livro enquanto estava viajando em janeiro e foi meu primeiro contato com matemática depois do fim das aulas. John Green foi um pouco mais abusado nesse livro, chamando um amigo matemático para deixá-lo mais rico (hehe). E, no final das contas, deu até certo.
Após seu mais recente e traumático pé na bunda – o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine – Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

 

O theorema Katherine conta basicamente a história de Colin, um garoto que só namora Katherines por motivos de: coincidência. Ele jura. Colin é romântico e meio menininha molenga demais. O livro começa com seu décimo nono pé na bunda (logo no começo ele diz que só namorou Katherines e que todas elas terminaram com ele) e ele remoendo o término da única Katherine que amou de verdade. Muita gente abandona esse livro no começo pelo sem tom depressivo. Não largue antes de terminar.

Colin é uma ex-criança-prodígio egocêntrica que tem medo de não ser um gênio. Ele quer ser especial e isso meio que irrita. Tipo, todo mundo. Inclusive quem lê. Mas é o objetivo. E, depois de toda a sua fossa, é convencido pelo melhor (e único) amigo, Hassan, um muçulmano que as vezes não é muito muçulmano, a cair na estrada. Os dois saem no Rabecão de Satã de Colin (vulgo ‘seu carro’) e acabam parando numa cidade do interior onde supostamente estava o corpo de um arqueduque. Sabe-se lá o que faz alguém parar num lugar desses.
Mas Colin começa a desenvolver um teorema para provar que há algo em comum e previsível entre toda essa história de términos. Ele quer ser o gênio que vai prever relacionamentos baseando-se nos seus desastrosos. E aí que entra a matemática. No desenvolver (e no final), há explicações sobre os cálculos e gráficos. A parte simples, pelo menos. Porque, é, chega uma hora que é impossível entender qualquer coisa por ali. Quer dizer, você não precisa saber nada de matemática para ler o livro! Mas lógico que vai fazer mais sentido e ficar mais completo na sua cabeça se souber.
Além das notas de rodapé incríveis (tem umas sessenta ao longo do livro, e a maioria é humorística – um tipo de rodapé que sempre amei e faz muita falta em um livro), tem também histórias entre alguns capítulos contando mais sobre seu relacionamento com alguma Katherine. Confesso que isso me incomodou (mesmo sendo partes extremamente importantes) e me deixou meio confusa. Leva um tempinho pra você ‘pegar o ritmo do livro’, e até lá realmente é um saco. Minha expectativa era que os dois amigos ficassem na estrada por muito tempo, e não parasse no primeiro muquifo (#mododefalar) que arranjassem. Mas aconteceram coisas interessantes por lá, e é isso que digo.

Ah, e sobre a capa: achei genial e minimalista. Provavelmente foi por ela (e pelo Green) que comprei.

 

Considerações finais? Leia se gosta de histórias de nerds tentando ser radicais, notas de rodapé divertidas e John Green. Não leia se não suporta matemática e sotaque escrito. E minha nota final é:
Mas valeu, sim, a pena ler! Quem já leu? O que acharam?
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